A Missão da Apollo 11 realizou na superfície lunar alguns experimentos há 51 anos. Um deles é considerado até hoje o mais bem sucedido desta missão.
Disponível em: Museu Aberto de Astronomia
Quando o astronauta Neil Armstrong realizou aquele famoso pequeno e primeiro passo na superfície de nosso satélite natural dando um triunfo tecnológico aos Estados Unidos da América naquele momento, ele também efetuou a instalação de um instrumento que participou de uma corrida científica aqui na Terra antes da realização desta missão.
Essa corrida era para determinar a escolha dos instrumentos que seriam levados a bordo da Apollo 11 para serem colocados em funcionamento na superfície da Lua. Um dos vencedores foi um instrumento que realiza a medida da distância da Terra a Lua com uma precisão fantástica e de maneira rápida.
O Físico estadunidense James E. Faller do Departamento Nacional de Padrões e da Universidade do Colorado (EUA) foi o principal responsável pela criação deste instrumento chamado de retrorrefletor cúbico de laser ou também conhecido como refletor de canto. Ele foi construído pela empresa alemã Heraeus e cita-se uma parceria da General Eletric.
A escolha deste se deu pelo fato de ser um conjunto de equipamento de pequeno tamanho, leve e de simples instalação, requisitos exigidos pela NASA, pois os astronautas teriam pouco tempo para poder realizar essas operações na superfície lunar durante a missão da Apollo 11.
Ele se resume em um feixe de luz emitido a partir da Terra e direcionado ao retrorrefletor na Lua para efetuar uma medição da distância entre esses corpos celestes de maneira muito precisa.
No dia 1 de agosto do ano de 1.969, Faller e sua equipe, estabeleceram a distância da Terra a Lua com uma precisão de 8 metros. Na época essa precisão era de 1.200 metros. Após vários ajustes, a precisão foi de um milímetro!
Esses Retrorrefletores Lunares a Laser também foram instalados pelos astronautas da Apollo 14 e depois na 15 também. O primeiro retrorrefletor instalado na missão Apollo 11 continua sendo o único equipamento ainda em operação daquela missão histórica!
Extra: para realizar estes cálculos, foi preciso considerar e analisar o comportamento do laser, emitido da Terra. Depois de atravessar a atmosfera da Terra e chegar ao vácuo do espaço, esse laser sofreu refração pela mudança de meios, antes de atingir os espelhos na Lua. Além disso, após ser refletido pelos espelhos na Lua, o laser voltou a sofrer refração ao passar do vácuo do espaço novamente para a atmosfera da Terra. A atmosfera da Lua é tão fina que é desconsiderada nesses cálculos.